O que as crianças realmente precisam?

Todos os pais tem dúvida em algum momento sobre a criação dos filhos.

Será que estou agindo certo?

O que devo proporcionar para meu filho?

Estou mimando demais?

Estou sendo duro demais?

Aqui descrevo 6 pontos sobre o que realmente as crianças precisam!

Fórmula mágica?

Não!

Apenas um guia simples, mas que pode fazer milagres!

Então anote ai!

Toda criança precisa de:

1 – Estrutura

2 – Comunicação

3 – Limites

4 – Consistência

5 – Direção e Modelo

6 – Atividade

1 – Estrutura:

Calendário disponível para download na Comunidade Vila

Toda criança precisa de rotina, de ordem, de regras e limites claros.

Elas precisam saber o que vai acontecer com elas e o que é esperado delas.

Muitos pais não entendem o por que as professoras conseguem lidar com tantas crianças ao mesmo tempo e o por que na escola tudo parece funcionar tão bem.

Isso acontece porque as crianças tem rotina.

Elas sabem o que vai acontecer.

Sentem-se seguras!

Isso não quer dizer que você precisa ser um general e fazer exatamente as mesmas coisas todos os dias.

Aliás isso seria impossível de fazer.

Mas você pode sim manter uma certa frequência e sequência de atividades. Por exemplo, ter hora para dormir, para tomar banho, hora para as refeições, e uma sequência lógica de acontecimentos.

Outra dica legal para ajudar a criança a se sentir mais segura seria pela manhã (ou no dia anterior) explicar para a criança como será o dia dela. Conte o que será feito naquele dia e o que você espera dela.

Por exemplo: “Hoje vamos no aniversário do fulano. Quando a gente chegar vamos comprimento todos, dar parabéns e um abraço. Você pode brincar e se divertir. Quando estiver quase na hora de ir embora eu vou te avisar. Na hora que eu falar vamos embora, vamos nos despedir e voltaremos para casa.”

Acredite, esses pequenos detalhes vão fazer diferença! Mesmo com crianças muito pequenas.

2 – Comunicação:

Comunicação é tudo!

Abaixe-se na altura da criança e olhe nos olhos para conversar.

Tenha certeza que ela olha para você de volta e insista neste contato visual.

Explique!

Converse sobre tudo! Muitas vezes nos apressamos em simplesmente fazer algo poela criança e esquecemos de falar com ela. De pedir licença e permissão.

Por exemplo, ao invés de simplesmente pegar o bebê e levar para tomar banho. Faça o convite: “Esta na hora do seu banho! Vou te levar até lá. Vamos tirar a blusa? Puxe o braço para baixo. Isso! Assim…”

Seja direto e didático. Use as palavras de forma que a criança possa te entender, sintetizando ao máximo o conteúdo.

Por exemplo, ao invés de dizer: Não sobe no sofá que você pode cair e vai se machucar. Você pode dizer: “Sente-se no sofá. O sofá serve para sentar.” Se sentir a necessidade, complemente com: “Você pode pular aqui deste lado, no chão.”

3 – Limites:

Antes de colocar limites para a criança, você precisa ter os limites claros para você!

O que você espera da criança?

O que ela pode ou não fazer?

Quais são as regras da casa?

Como você vai comunicá-las?

Quais consequências terão se não cumprir as regras?

Depois disso, comunique com clareza para a criança!

Lembre-se de usar o positivo. Diga o que você espera dela, e não o contrário. Por exemplo, ao invés de dizer: “Não grita!”, diga: “Em casa usamos um tom de voz baixo.”

Atenção!

Limite é bom!

TODA criança precisa de limite para se sentir segura e amada!

Não se sinta um carrasco por dizer não para sua criança, porque por mais partido que o seu coração fique, saiba que estabelecer limites é bom!

Crianças (assim como adultos) precisam aprender a lidar com as frustrações e entender que os nosso direitos acabam quando começa o do outro.

Uma outra forma de impor limites que funciona muito bem com crianças pequenas é oferecer escolhas.

Durante o dia, busque oportunidade de oferecer para a criança pequenas escolhas.

Crianças são capazes de decidir por exemplo, a cor da roupa que querem vestir, o vegetal ou fruta que vão comer, o lugar que vão se sentar a mesa,…

Mas atenção, ofereça apenas escolhas possíveis (isto é: escolhas que para você são ok) e dê no máximo três opções, não mais do que isso.

Ex: Você quer vestir a camisa verde ou a azul? Você quer brincar com o Lego ou desenhar?

4 – Consistência:

Cartas de Rotina disponível para download na Comunidade Vila

Crianças precisam de consistência! Elas precisam saber que não vamos mudar de ideia a cada 5 minutos.

Regras são regras e sempre serão cumpridas.

Evite ao máximo as excessões e o “fingir que não viu”, porque você não quer ter que lidar com aquele problema naquele momento.

Por exemplo, se você diz que não pode subir na mesa, não pode subir na mesa nunca! Você não pode dar uma bronca em um dia por causa disso e no dia seguinte esquecer-se e não chamar mais atenção.

Quando a criança percebe que você não irá mudar de ideia porque ela insistiu, esperneou, chorou, rolou no chão, ela passa a confiar em você!

E mais do que isso!

Ela sabe que você é uma pessoa de palavra!

Que cumpre com o que diz.

E a consequência disso!?

Crianças mais obedientes e felizes!

5 – Direção e Modelo:

A gente esquece que as crianças estão aprendendo o que é o mundo, como ele funciona e como viver em sociedade.

Nós partimos do princípio que elas deveriam saber, mas em Montessori percebemos que quando partimos do princípio de que a criança não sabe (mas que quer saber!) e de que precisamos mostrar e ensinar a criança (através do modelo), tudo se transforma!

Ao invés de ficarmos como um disco riscados repetindo não, não, não,…

Que tal parar e pensar:

Como eu posso explicar o que eu quero para essa criança?

Qual habilidade preciso ensiná-la?

Por exemplo, ao invés de brigar com a criança porque ela não lavou a mão direito, porque não pensamos:

Como posso ensinar essa criança a lavar as mãos direito?

Eu já mostrei e ensinei como fazer isso passo-a-passo?

Ou

Ao invés de dizer: “Eu já falei que não é para jogar as peças do quebra-cabeça atrás do sofá!”, que tal dizer: “Venha! Vou te mostrar como usamos as peças do quebra-cabeça.”

Crianças são curiosas!

Crianças gostam de explorar e testar, como pequenos cientistas que estão descobrindo o mundo.

Suas mãozinha são ávidas e querem tocar, cheirar, sentir, jogar, brincar…

Mas acima de tudo isso, crianças desejam aprender!

E nós adultos temos o papel de ensinar, de orientar, de mostrar como o mundo funciona. Com paciência, carinho, compreensão e amor!

Nosso papel é mostrar para a criança para quê as coisas servem e como elas devem ser usadas.

Portanto, pense nisso na próxima vez que ver a criança fazendo “algo errado”.

Pare e reflita em como você pode ajuda-la a fazer “o certo”.

Como você pode ser modelo para ela!

6 – Atividade:

Crianças são curiosas por natureza!

E portanto elas precisam ter atividades que nutrem a sua mente e o seu corpo!

Criança precisa ter o que fazer, mas não qualquer coisa.

Elas precisam fazer o que o corpo delas pedem para fazer.

Por exemplo,

Bebês precisam se movimentar, precisam levar objetos na boca.

Crianças de 1-2 anos precisam caminhar, subir, descer, escalar.

Crianças de 3-6 anos precisam aprender a fazer por si mesmas. Vestir-se, comer, usar o banheiro, cuidar da natureza, manipular coisas interessantes como blocos, quebra-cabeças, brinquedos de montar, etc…

Dê a criança oportunidades de movimentar-se e de aprender com os seus 5 sentidos.

Criança que dá trabalho é criança sem orientação, sem atividade e que não sabe o que fazer.

Quando a criança começar a ficar agitada, proponha algo:

“Você pode me ajudar lavando as frutas?

Quer me ajudar a passar pano na casa?

Quer me ajudar a regar as plantas?

Vamos pintar?”

Espero que essas dicas te dêem um norte para estruturar uma rotina, estabelecer limites e preparar um ambiente rico e adequado para a criança.

Para mais ideias, sugestões e guias de como lidar com a sua criança, conheça a Comunidade Vila Montessori!

E vamos juntos dar a mais crianças um melhor começo!

http://www.vilamontessori.com.br